Era Outra Vez https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br Literatura infantojuvenil e outras histórias Wed, 28 Aug 2019 18:58:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Palestra de Kéfera na Bienal tem mais gritaria da plateia do que bate-papo https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/09/01/palestra-de-kefera-na-bienal-tem-mais-gritaria-da-plateia-do-que-bate-papo/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/09/01/palestra-de-kefera-na-bienal-tem-mais-gritaria-da-plateia-do-que-bate-papo/#respond Thu, 01 Sep 2016 23:14:11 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/BIENAL-DO-LIVRO-2783-1-180x120.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=448 Nos primeiros cinco minutos, não dava para ouvir nada. O volume do microfone era incapaz de superar a gritaria dos fãs que lotaram os 550 lugares da arena da Bienal do Livro de São Paulo e dos que se aglomeraram do lado de fora do espaço. Depois, com o som já restabelecido, a youtuber Kéfera Buchmann, 23, dona do canal 5incominutos, conseguia ser ouvida até pela turma do fundão. Mas pouco importa.

“Não consegui ouvir quase nada do que ela disse. Mas só de ver a Kéfera ali, pertinho, já valeu a pena. Ela é perfeita!”, gritava Lara Gonçalves, 14, que viajou os 313 km que separam Ribeirão Preto (SP) da capital paulista na tarde desta quinta-feira (1º), só para ver a palestra da youtuber e agora também escritora .

Kéfera lançou em 2015 o livro “Muito Mais que Cinco Minutos” (ed. Paralela; R$ 24,90), que já vendeu mais de 400 mil exemplares. E acaba de publicar o segundo volume, “Tá Gravando. E agora?” (R$ 29.90), pela mesma editora, um dos selos da Companhia das Letras. Mas para os fãs que visitaram a Bienal, e talvez para os mais de 9 milhões de inscritos em seu canal, o importante mesmo é vê-la fazer ao vivo o que costuma mostrar nos vídeos.

E a youtuber correspondeu. Entrou no palco gravando a plateia com o celular, parou para fazer uma selfie de cima do palco, rebolou ao som de “Na Boquinha da Garrafa” cantada a capela e fez sua “sarrada”, movimento em que pulou e jogou o quadril para frente. Tudo para delírio e gritaria dos fãs extasiados.

 

“O que ela falou do filme mesmo? Não consegui entender”, perguntou à reportagem Júlia Porto, 11, sobre o longa-metragem “É Fada”, que tem previsão para estrear no dia 6 de outubro. Na história, inspirada no livro “Uma Fada Veio me Visitar”, de Thalita Rebouças, Kéfera vive a desajeitada fada Geraldine que, ao perder suas asas, passa a ajudar a adolescente Júlia a ganhar popularidade na nova escola (veja o trailer aqui).

A youtuber estava falando que havia gostado da experiência de trabalhar no cinema e destacava a sua formação como atriz. “Já fiz peça de teatro e interpreto muitos personagens nos vídeos do meu canal. Quero mostrar cada vez mais o meu lado atriz. Principalmente no cinema”, disse.

A plateia parecia nem ouvir. Aos gritos de “Kéfera, eu te amo”, “Kéfera gostosa” e “Tira a roupa”, o público jogava dezenas de objetos no palco, de bolachas e hidratante a camiseta usada e um celular –que a youtuber pegou, devidamente tirou uma selfie com o aparelho e devolveu para o dono. “Estou até rouca”, disse Milena, 9, que assistia à fala em cima dos ombros do pai, o bancário Luis Bragança, 41. Ela só lamentava não ter conseguido uma das 300 senhas para a sessão de autógrafos com a autora, que aconteceu após a palestra.

Antes de ir embora, Kéfera ainda adiantou que está preparando mais dois longas. “Vai ser um filme mais adulto, mas não vai ser pornô”, brincou. De livros e literatura, pouco conseguiu dizer.

“Vocês querem mesmo saber sobre o livro?”, perguntou para o público, que empunhava cartazes e aumentava os decibéis do pavilhão da Bienal.

 

BIENAL DO LIVRO

Quando até 4/9

Onde Pavilhão do Anhembi – av. Olavo Fontoura, 1.209; tel. (11) 2226-0400

Quanto R$ 20 (segunda a quinta) e R$ 25 (sexta a domingo)

Programação horários e mais detalhes em bienaldolivrosp.com.br

 


 

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No topo da lista de livros mais vendidos, atriz de ‘Carrossel’ dá autógrafos na Bienal https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/31/no-topo-da-lista-de-livros-mais-vendidos-atriz-de-carrossel-da-autografos-na-bienal/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/31/no-topo-da-lista-de-livros-mais-vendidos-atriz-de-carrossel-da-autografos-na-bienal/#respond Wed, 31 Aug 2016 14:31:40 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/08/manoela-e1472652280256-180x95.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=417 Nem um novo escritor meteórico nem um desses youtubers que desandaram a publicar livros nos últimos meses. Quem está no topo da lista dos mais vendidos há quase dois meses é uma atriz de “Carrossel”.

Larissa Manoela, que ficou conhecida como a Maria Joaquina da novela do SBT, e o seu livro “O Diário de Larissa Manoela” estão desde o dia 2 de julho na liderança do ranking de obras infantojuvenis mais vendidas publicado semanalmente na Folha. A lista é feita com base no número de exemplares comercializados em livrarias de todo o país.

Com formato simples, o livro conta a história da atriz, do nascimento e vida na escola até a festa de 15 anos, com direito a uma cartinha do atual namorado –o também ator João Guilherme Ávila, que atuou com a menina em “Cúmplices de um Resgate”.

O diário, longe do trato e do rigor literário das auto-biografias, é o que o título propõe: uma versão estendida dos perfis e curiosidades sobre um determinado artista, gênero que costumava entupir as revistas para adolescentes nos anos 1990 e 2000. Assim como essas publicações tinham sucesso de venda no passado, o livro parece seguir a mesma tendência.

 

Logo no início do livro, a atriz conta que tinha poucos colegas na infância e que gostava mesmo é de brincar com seus quatro amigos imaginários. “Eu almoçava com eles, limpava a casa com eles, só não ia para a escola”, escreve. Depois, a história mostra como ela fez diversos testes para se tornar atriz e modelo na infância, as brincadeiras de agência de modelos com suas bonecas e como foi aprovada para atuar no filme “O Palhaço” (2011), de Selton Mello, e para entrar no elenco da novela “Carrossel”.

Como todo bom relato pessoal, claro que não faltam fotos inéditas da garota bebê e um capítulo inteiro sobre sua primeira menstruação e as cólicas que surgiram depois. Além disso, comentários do pai e da mãe aparecem intercalados à narrativa como se fossem conversas de WhatsApp ou qualquer outro aplicativo de mensagem.

No fim, relembrando as reportagens das revistas teen, há oito listas sobre os gostos de Larissa Manoela: 10 músicas brasileiras (a primeira é “Te Vivo”, de Luan Santana), 10 ídolos (o primeiro lugar ficou para Rihanna) e 10 gatos (Justin Bieber liderando), por exemplo. A última é 10 marcas: de bolsas, jóias, roupas, perfumes e outros acessórios. Assim como os youtubers mais famosos, ela também não deixa de falar sobre produtos.

A atriz autografará seu livro nesta quinta-feira (1º), às 14h, na Bienal do Livro de São Paulo.

 

“O Diário de Larissa Manoela”livro-larissa-manoela

Autora Larissa Manoela

Editora Harper Collins

Preço R$ 29, 90 (152 págs.)

Leitor avançado

 

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BIENAL DO LIVRO

Quando até 4/9

Onde Pavilhão do Anhembi – av. Olavo Fontoura, 1.209; tel. (11) 2226-0400

Quanto R$ 20 (segunda a quinta) e R$ 25 (sexta a domingo)

Autógrafos com Larissa Manoela quinta (1º), às 14h

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Aos 80 anos, Mauricio de Sousa tenta ser o ‘rei da Bienal’ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/27/aos-80-anos-mauricio-de-sousa-quer-ser-o-rei-da-bienal/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/27/aos-80-anos-mauricio-de-sousa-quer-ser-o-rei-da-bienal/#respond Sat, 27 Aug 2016 23:06:12 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/08/BIENAL-180x120.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=400 Mauricio de Sousa está em todos os cantos da Bienal do Livro de São Paulo. Basta uma voltinha pelo evento, que acontece até o próximo dia 4 de setembro, para esbarrar em personagens da Turma da Mônica, livros do cartunista ou outros produtos que levam o traço arredondado e inconfundível do autor.

Neste ano, o pai do Cebolinha desembarcou na Bienal com artilharia pesada na tentativa de se aproximar ao máximo do público e se tornar onipresente –não apenas para crianças e suas famílias, mas também para jovens e adultos que guardam os gibis da Turma na memória afetiva. E foi nesse tom que o cartunista conversou com o público na manhã deste sábado (27), na Arena Cultural.

Aos 80 anos, Mauricio caminhou no palco visivelmente com dificuldade e falou ao microfone com voz mais baixa que o comum. Mesmo assim, controlou a plateia com habilidade. O espaço, que tem lugar para 550 pessoas, estava completamente lotado, com todos os assentos ocupados –o que fez visitantes buscarem espaço no chão para sentar ou se acotovelarem do lado de fora. Todos ávidos para ouvir o ilustrador, que falou durante apenas 15 minutos e logo abriu o microfone para a plateia fazer perguntas.

A partir daí, Mauricio deu o seu show. Dispensando atenção a todos e com a maior proximidade possível, respondeu por que o Cascão não toma banho (“Nunca vi, mas ele deve tomar uma vez por semana”, disse), por que a Mônica bate no Cebolinha (“Tapa de amor não dói”) e que suas primeiras personagens femininas foram inspiradas em suas filhas. Atualmente, todos os seus dez filhos têm a própria versão em desenho. Veja abaixo:

 

Num momento digno de apresentador de auditório, pediu aos que aprenderam a ler com os personagens da Turma da Mônica que levantassem a mão. Mais de 90% dos presentes, de diferentes idades, levou os braços ao ar, logo emendando uma sonora salva de palmas para aquele que tenta ser o “rei” desta edição da Bienal.

Como todo monarca precisa de um reino, uma área de 500 m² foi criada para abrigar a obra do ilustrador e ficará aberta até o fim do evento. O Espaço Mauricio de Sousa tem uma estátua da Mônica de três metros de altura para pessoas tirarem selfies, escorregador, parede de escalada e painéis para serem coloridos.

Um tóten interativo permite ainda que visitantes criem o seu próprio personagem, customizando roupa, cor da pele, cabelo e acessórios. Depois de pronta, a criação pode fazer parte de uma história com o restante da Turma da Mônica e ser impressa na forma de um gibi personalizado. A revistinha custa R$ 39,90. A impressão de um cartaz com o personagem criado é gratuita.

Além disso, para tentar aproximar ainda mais o seu estúdio dos leitores, desenhistas da Mauricio de Sousa Produções foram deslocados à Bienal, o que permite ao público ver as historinhas serem feitas ao vivo. A poucos metros de distância, uma exposição conta a trajetória dos 80 anos do artista.

LITERATURA E ESPIRITISMO

Como a Bienal ainda é do livro, uma espécie de livraria da Turma da Mônica, criada em parceria com a editora Girassol, comercializa suas obras e gibis, entre lançamentos e títulos mais antigos do catálogo.

Mas Mauricio extrapola os limites de seus domínios. Conhecido pelo licenciamento de seus personagens para os mais variados produtos, ele tem livros espalhados por diferentes editoras no evento –do estande da Panini ao da Boa Nova, que dá destaque ao lançamento “Magali em Outras Vidas”.

O livro aborda o tema da reencarnação e revela o que a personagem comilona fez em tempos passados. A obra causou algum burburinho, mas não é o primeiro livro com inspiração espírita da Turma da Mônica, que já emprestou seus personagens em 2014 ao “Meu Pequeno Evangelho”, também da editora Boa Nova, em que Cebolinha, Cascão, Anjinho e Penadinho aprendem sobre o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, escrito por Allan Kardec.

Como um bom negociante que sempre procura agradar todos os clientes, Mauricio de Sousa também tem obras nas prateleiras sobre passagens da Bíblia, que podem cair no gosto de católicos e evangélicos. Da igreja ao molho de tomate, da loja de brinquedos à Bienal, o pai da Mônica só deseja uma coisa: estar em todos os cantos.

 

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Quando até 4/9

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Bienal começa sem filas e com estandes tranquilos https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/26/bienal-comeca-sem-filas-e-com-estandes-tranquilos/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/26/bienal-comeca-sem-filas-e-com-estandes-tranquilos/#respond Fri, 26 Aug 2016 20:26:22 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/08/BIENAL.2-180x120.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=393 O público do primeiro dia da 24ª Bienal do Livro de São Paulo, que começou nesta sexta-feira (26) e vai até o dia 4 de setembro, não lotou o evento nem provocou filas ou tumultos nos estandes das editoras.

A CBL (Câmara Brasileira do Livro), que organiza a Bienal, ainda não divulgou a quantidade parcial de visitantes. Mas quem chega ao Anhembi não enfrenta filas para comprar ingressos na bilheteria ou problemas para conseguir um táxi ou embarcar no ônibus gratuito que liga o pavilhão à estação Tietê do metrô.

A tranquilidade já era esperada. Historicamente, o primeiro dia do evento é voltado para o mercado e os negócios, com poucas atrações culturais na programação. Justamente por isso, pode se tornar uma tática para o público.

“Sempre trago os meus filhos no primeiro dia, por ser mais vazio”, diz Martha Miranda, 47, que estava com os dois filhos, Bruno, 11, e Larissa, 9. Ambos aguardavam em uma das únicas filas nos corredores: a que reunia fãs para tirar fotos com os personagens da Turma da Mônica no estande da Panini. Mesmo assim, a concentração não era de mais que 20 pessoas.

ABERTURA

Mais cedo, a cantora Maria Bethânia foi a principal atração da cerimônia de abertura e levou ao palco canções como “Marinheiro Só” e “Oração ao Tempo”, além de declamar trechos de obras de Mia Couto e de Guimarães Rosa às cerca de 850 pessoas da plateia.

A cerimônia, que durou cerca de uma hora e meia, contou também com discursos do presidente da CBL, Luís Antônio Torelli, e do ministro da Edudação, José Mendonça Bezerra Filho.

A organização espera que o volume de visitantes aumente no fim de semana. Não há expectativa confirmada, mas, em 2014, cerca de 100 mil pessoas visitaram a Bienal no primeiro sábado da programação –quando filas de adolescentes se estenderam na porta do pavilhão e forçou a organização a distribuir senhas de algumas palestras do lado de fora do Anhembi.

No total, 700 mil visitantes devem passar pela Bienal neste ano.

 

BIENAL DO LIVRO

Quando de 26/8 a 4/9

Onde Pavilhão do Anhembi – av. Olavo Fontoura, 1.209; tel. (11) 2226-0400

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Bienal aposta em saldão e em multidões para driblar a crise https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/07/26/bienal-aposta-em-saldao-e-em-multidoes-para-driblar-a-crise/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/07/26/bienal-aposta-em-saldao-e-em-multidoes-para-driblar-a-crise/#respond Tue, 26 Jul 2016 07:00:44 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/07/Garotinha-alcanca-livro-em-pratileira-na-22-Bienal-Internacional-do-Livro-em-Sao-Paulo-no-pavilhao-do-Anhembi-no-primeiro-final-de-semana-aberto-ao-publico-Foto-Eduardo-K-2-180x125.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=206 A crise e a queda na venda de livros no Brasil acenderam o sinal amarelo para a Bienal do Livro de São Paulo. O evento deve apostar neste ano em promoções e descontos, além de em táticas para tentar atrair um número ainda maior de visitantes –e assim buscar ao menos manter o número de vendas da última edição.

“As editoras estão preparadas. Muitas estão esperando que a Bienal seja um fôlego para o caixa da empresa”, diz Luís Antonio Torelli, presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro), entidade que organiza a Bienal. A 24ª edição ocorrerá em São Paulo de 26 de agosto a 4 de setembro.

Em 2015, as editoras viram as vendas de livros terem a pior queda desde 2002, segundo a pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”. O levantamento, encomendado pela CBL e pelo Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), apontou que o mercado livreiro encolheu 12,6% no ano passado.

O destaque negativo foi justamente o livro infantojuvenil. No total, foram produzidos 33,5 milhões de exemplares a menos nesse segmento, se comparado a 2014 –a principal justificativa é o governo federal não ter aberto o edital do PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola), ou seja, das compras governamentais de obras para crianças e adolescentes que são um dos principais pilares do modelo de negócio de editoras que apostavam nesse tipo de livro.

O ano de 2016 não dá sinais de melhora. A última pesquisa, divulgada há menos de dez dias, mostrou que nos primeiros seis meses deste ano, as vendas de livros caíram 16,3% em volume e 6,94% em faturamento, em comparação com o mesmo período de 2015.

 

É nesse turbilhão que a Bienal de São Paulo vai acontecer. Além dos descontos, que devem ser oferecidos pelas editoras a fim de aumentar o volume das vendas, a organização do evento está tomando iniciativas para conseguir reunir um número ainda maior de pessoas, na esperança de que isso se reflita no faturamento.

Para isso, a Bienal deste ano terá mais espaços para autógrafos de escritores-celebridades, corredores mais largos, mais banheiros e vendas de ingresso pela internet.

Na programação, há nomes de youtubers como Kéfera, Lucas Rangel, Maju Trindade e Pedro Rezende, do canal RezendeEvil, que devem atrair grande público. Todos lançaram livros e são os queridinhos atuais das editoras, que enxergam neles a possibilidade de um sucesso editorial que se assemelhe ao dos livros de colorir de 2015.

“Temos que dosar na programação a Kéfera e o autor que ganhou o Jabuti. A Bienal precisa atrair todos os públicos e gerar novos leitores”, diz Torelli.

Com mais gente, aumenta a preocupação para evitar casos de assaltos, como os da quadrilha suspeita de roubar 45 celulares na Bienal de 2014. Para coibir furtos, o evento contará com uma base móvel da Guarda Civil Metropolitana.

Mais informações serão divulgadas nesta terça (26) para a imprensa.


 

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