Era Outra Vez https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br Literatura infantojuvenil e outras histórias Wed, 28 Aug 2019 18:58:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Crianças ganham livros em vez de brinquedos em McDonald’s de outros países https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2019/02/08/criancas-ganham-livros-em-vez-de-brinquedos-nos-mcdonalds-de-outros-paises/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2019/02/08/criancas-ganham-livros-em-vez-de-brinquedos-nos-mcdonalds-de-outros-paises/#respond Fri, 08 Feb 2019 19:39:49 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/abre2-1-320x213.jpg https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=2772 Em vez de receber um cacareco da Barbie ou da Hot Wheels, crianças recebem livros quando compram o McLanche Feliz em diferentes países do mundo.

Na Nova Zelândia, elas recebem uma obra do britânico Roald Dahl. O autor não tem o nome muito conhecido no Brasil nem é um sucesso editorial por aqui, mas certamente quase todo mundo já teve contato com alguma de suas histórias –são de Dahl clássicos como “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “Matilda”, por exemplo.

Os seis títulos que fazem parte da iniciativa são versões resumidas ou adaptadas, publicadas em edições criadas especialmente para o programa da empresa Happy Meal Readers, de incentivo à leitura. Como não podia ser diferente, as obras têm um quê de brinquedo e vêm acompanhadas de adesivos e atividades.

Serão distribuídos “Fantabulous BFG” e “Brave Little Sophie” (inspirados em “O Bom Gigante Amigo”), “Lucky Charlie Bucket” e “Wonderful Mr. Willy Wonka” (de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), “Amazing Matilda” e “Marvellous Miss Honey” (ambos de “Matilda”).

De acordo com o jornal Atlanta Journal-Constitution, a empresa planeja distribuir 800 mil livretos ao longo de seis semanas no país.

A iniciativa é uma parceria com a editora Penguin Random House que existe desde 2015, quando a mesma distribuição ocorreu no Reino Unido. Na época, 15,5 milhões de livros com trechos de histórias de Dahl foram entregues pelo fast-food.

Ilustração de ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’, de Roald Dahl, que terá livros distribuídos na Nova Zelândia

O programa Happy Meal Readers, porém, é global. Segundo números da empresa, já foram distribuídos cerca de 450 milhões de livros no mundo inteiro desde 2001 –a Suécia foi o primeiro lugar a implementar a iniciativa.

Atualmente, ela está em curso em outros países, entre eles Malásia e Portugal, onde crianças podem ganhar títulos da inglesa Cressida Cowell (a autora de “Como Treinar o seu Dragão”).

Mas, em vez de dragões, são dinossauros as estrelas da série “The Treetop Twins Adventures”, especialmente escrita para a campanha. São 12 livros, sobre crianças que encontram um dinossauro na vida real.

Cada título traz informações sobre os bichos pré-históricos, com sons, animações e um QR code com material extra. A expectativa é que as obras sejam traduzidas para 40 idiomas.

No Brasil, a iniciativa não ocorre há dois anos –livros foram distribuídos em 2013, 2014, 2015 e 2017. No primeiro ano, os títulos eram sobre dinossauros, oceanos e predadores. Em 2014, foi a vez de histórias de escritores brasileiros como Vinicius de Moraes e Ana Maria Machado. No ano seguinte, o combo infantil veio com histórias de Ziraldo, Irmãos Grimm e Júlio Verne.

Já em 2017, seis livros da Turma da Mônica foram entregues com o McLanche Feliz. Cada um continha duas histórias dos personagens de Mauricio de Sousa, além de atividades para serem feitas.

A companhia afirma que algo parecido está previsto para o fim de fevereiro, mas não confirmou o livro nem o autor que participará.

 


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5 perguntas filosóficas para Mauricio de Sousa e Mario Sergio Cortella https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2018/06/12/5-perguntas-filosoficas-para-mauricio-de-sousa-e-mario-sergio-cortella/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2018/06/12/5-perguntas-filosoficas-para-mauricio-de-sousa-e-mario-sergio-cortella/#respond Tue, 12 Jun 2018 13:56:44 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/abre_cortella-320x213.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=2475 Qual é o sentido da vida? A liberdade tem limites? Há diferença entre a sabedoria de uma criança e a de um adulto?

Essas e outras perguntas foram respondidas ao blog por Mauricio de Sousa e Mario Sergio Cortella. A dupla se reuniu na noite desta segunda-feira (11), em São Paulo, para o lançamento do livro “Vamos Pensar + Um Pouco?”, segunda parceria entre o pai da Turma da Mônica e o professor, publicado pela editora Cortez.

No título, uma espécie de “Minutos de Sabedoria” com fundo mais filosófico para crianças e adolescentes, Cortella apresenta conceitos como responsabilidade, dedicação, humildade e eternidade. Já que cada capítulo (chamado de lição pelos autores) tem apenas uma página e encerra o assunto em si, é possível ler a obra em qualquer ordem –e em qualquer lugar, como o metrô ou o recreio do colégio.

Os textos são amparados por nomes que vão de Vinicius de Moraes a Franz Kafka, de Sêneca ao francês André Gide. E são todos ilustrados por personagens da Turma da Mônica, repetindo a dobradinha iniciada no ano passado no primeiro livro da série: “Vamos Pensar um Pouco?”.

A parceria vai continuar. Prevista para julho, a edição da graphic novel inspirada no personagem Horácio trará um texto de Cortella sobre o dinossaurinho filosófico de Mauricio de Sousa. Além disso, o desenhista e o professor também estarão juntos em uma apresentação na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que vai ocorrer de 3 a 12 de agosto, no Anhembi.

Confira abaixo a entrevista.

 

*

 

Como nesta terça (12) é comemorado o Dia dos Namorados, podemos começar falando de amor. Por que ele nem sempre traz felicidade?

Mario Sergio Cortella – Nenhuma emoção traz só felicidade. O amor é daqueles sentimentos que mexem com alguém. Por isso, traz perturbação, harmonia, dor. Ele não é isento de turbulências. É um sentimento humano e, portanto, não é algo insípido e sem sal. Ao contrário: amor é vulcânico. E é antecedido por algo ainda mais vulcânico –a paixão, que é um perigo, porque é a suspensão temporária do juízo.

 

Qual é o sentido da vida?

Mauricio de Sousa – Posso responder como o Horácio? A filosofia de vida dele é ajudar o próximo –e leva breque por causa disso, normalmente. De qualquer maneira, ele não se importa com o resultado desastroso. Ele fez o que gosta de fazer e se sente bem assim.

 

O título do livro é “Vamos Pensar + Um Pouco?”. O pensamento tem limite?

Cortella – Do ponto de vista operacional, como atividade mecânica do cérebro, sem dúvida. Mas como capacidade humana, não. O pensamento só é restrito pela impossibilidade humana. E essa está marcada por algo que está dentro e fora do pensamento: o sonho, que não tem limite. Sonhar é quando o pensamento desanda, é o transbordamento da racionalidade. Nosso cérebro até pode ter limites, mas nossa imaginação jamais.

Mauricio – Ainda bem!

Cortella – O Mauricio é um inventor de mundos. A princípio, apenas nós, humanos, somos capazes de inventar outros mundos desse modo.

 

Qual é a diferença entre a sabedoria da criança e a sabedoria do adulto?

Mauricio – A criança não tem peias, não tem obstáculos. Ela é livre. Por isso a gente aprende tanto com elas. Estão soltas no universo. O mundo para a criança é onde ela habita, é aquilo o que ela sente. Não existe nenhum obstáculo.

Cortella – Por isso que a literatura infantil e o gibi são decisivos. Eles potencializam essa característica da criança. Não é que substitua a imaginação. São como o quinto sabor que os asiáticos inventaram, que tem a capacidade de elevar a sensibilidade. É a mesma coisa com as histórias. Quando comecei a ler, aos seis anos de idade, principalmente as tirinhas do Bidu, claro que eu já imaginava e sonhava –mas aquilo me fazia ganhar mais fôlego. A criação e a ciência só acontecem quando o adulto não perde essa capacidade. Ele não pode ser infantil, mas não pode abandonar a imaginação sem peias da infância.

 

Ser livre é não ter peias ou amarras?

Cortella – Ser livre é ter disciplina para poder fazer o que se pode fazer, quando é possível fazê-lo. Ser livre não é fazer qualquer coisa. Podemos imaginar, mas não podemos produzir atos que possam, por exemplo, ferir outra pessoa. Não é que a liberdade seja limitada, mas ela é emoldurada pelas outras pessoas que também são livres.

Mauricio – Ser livre é usar bem o tempo. Se você usar bem, será livre.

 

“Vamos Pensar + Um Pouco?”

Autores Mauricio de Sousa e Mario Sergio Cortella

Editora Cortez

Preço R$ 30,90 (2018, 80 págs.)

Leitor intermediário

 


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10 livros de bichos para conhecer nas férias https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/12/19/10-livros-de-bichos-para-ler-nas-ferias-das-criancas/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/12/19/10-livros-de-bichos-para-ler-nas-ferias-das-criancas/#respond Mon, 19 Dec 2016 17:43:34 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/12/Tocantins-page-001-180x53.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=897 Cachorro, gato, leão, porco, sapo, lombriga… livro infantil muitas vezes parece um zoológico, de tanto bicho que participa das histórias.

Neste fim de ano, o blog selecionou dez histórias cheias de animais para ler com as crianças antes que as férias terminem.

Confira abaixo:

 

*

 

VIAGEM QUE É O BICHO

Um jacaré, uma capivara e uma arara partem em uma viagem pelo Brasil e armam a maior zorra no novo livro do autor e ilustrador Gilles Eduar: eles andam de bicicleta, surfam na pororoca, pescam pirarucu e lavam até a escadaria da igreja do Senhor do Bonfim. Com cores e traços inconfundíveis, como pode ser visto na ilustração que abre este texto, Eduar pega o leitor pela mão (e, no caso dos bichos, pela pata) em um roteiro que visita todos os Estados brasileiros. No final, explicações na forma de almanaque desvendam cada ilustração, destrincham o vocabulário regional e respondem às charadas espalhadas pela história.

 

“Brasil de Fio a Pavio”

Autor Gilles Eduar

Editora Ática

Preço R$ 48,90 (2016; 72 págs.)

Leitor iniciante + leitura compartilhada

 

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FAÇA VOCÊ MESMO

O livro tem uma boa sacada: pequenos recortes de papel colorido vão se juntando à medida que as páginas são viradas e formam os animais mais improváveis –de um elefante holandês com uma espinha a um cão polonês com cara de malvado. Além de prestar atenção nos versos que tratam sobre cada bicho, a graça da história está em descobrir onde cada papelzinho foi parar e perceber que o quadrado amarelo virou o moicano do coelho ou que o hexágono azul se tornou os óculos escuros do macaco. Além, claro, de sair recortando coisas em casa para criar os próprios animais.

 

“Bichológico”

Autora Paula Taitelbaum

Editora Piu

Preço R$ 35 (2016; 56 págs.)

Leitor iniciante + leitura compartilhada

 

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VERSOS ANIMAIS

O poeta e escritor Bartolomeu Campos de Queirós deixou uma vasta obra infantojuvenil, muitas delas inspiradas na infância no interior de Minas Gerais. Parte dessa produção está em “De Bichos e Não Só”, que reúne versos –alguns muito divertidos, cheios de jogos de palavra– inspirados em animais e outros elementos que rondam o universo da criança. Nele, a sussuarana assanhada e o galo que só canta em inglês caminham de braços dados com a bola que se casou com o bolo e as notas musicais que criam todas as músicas, por exemplo. É um bom pontapé inicial para introduzir meninos e meninas no universo da poesia.

 

“De Bichos e Não Só”

Autor Bartolomeu Campos de Queirós

Ilustrador Orlando Pedroso

Editora Global

Preço R$ 39 (2016; 32 págs.)

Leitor intermediário + leitura compartilhada

 

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BICHARADA ATRAPALHADA

Quando um galo canta na fazenda, a confusão toda se instaura. O cachorro late para o gato, o bode come o mingau, o cabrito cai na lama do chiqueiro e até a mula vai parar sentada dentro da carroça. Com versos rimados, o livro é mais uma das parcerias entre os autores Lalau e Laurabeatriz. Para ambientar ainda mais a traquinagem dos animais, um aplicativo gratuito está disponível para Android e iOS. Com ele, ao apontar o smartphone ou o tablet para as páginas, é possível escutar o som dos bichos e do ambiente da fazenda.

 

“Confusão na Fazendinha”

Autores Lalau e Laurabeatriz

Editora Bamboozinho

Preço R$ 39,90 (2016; 40 págs.)

Leitor iniciante + leitura compartilhada

 

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DICIONÁRIO SELVAGEM

A obra já é conhecida por gerações de crianças: foi em 1995 que “Bichionário” recebeu o título de altamente recomendável pela FNLIJ –um dos principais certificados que um livro infantojuvenil pode ter no Brasil. Na história, cada letra do alfabeto ganha um poema sobre um animal correspondente. No A, a aranha luta com moscas. No M, o morcego bate o ouvido na parede. No T, o tatu constrói uma bela casa. Na edição, que foi reimpressa neste ano, cada bicho é ilustrado com uma técnica que parece giz de cera, como se tivessem acabado de sair do caderno de uma criança.

 

“Bichionário”

Autor Nílson José Machado

Ilustradora Dulce Osinski

Editora Escritinha

Preço R$ 33 (2013; 52 págs.)

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COMPETIÇÃO DOS BICHOS

A Olimpíada do Rio de Janeiro já passou –mas os livros que ela inspirou, seja para crianças ou adultos, vão ficar disponíveis nas livrarias e bibliotecas por um bom tempo. Um deles é “Olimpíada Animal”, que traz ilustrações coloridas de diferentes bichos para falar de provas esportivas. Tem cachorro, coelho, urso, raposa, jacaré. O texto é curtinho e gira em torno dos números de 1 a 20: perfeito para crianças que estão se acostumando a trabalhar com os numerais.

 

“Olimpíada Animal”

Autora Virginie Morgand

Tradutora Graziela R. S. Costa Pinto

Editora SM

Preço R$ 37 (2016; 48 págs.)

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TROCA DE CACHORROS

Os garotos Vitória e Zeca estão com um problemão. A menina vai se mudar para um apartamento, sem espaço para o seu cachorro Zé. Já os pais do menino estão com o orçamento apertado, sem dinheiro para pagar os gastos da cadela Julieta. Até que os dois têm uma ideia: se Zeca ficar com os dois cães, os pais de Vitória podem pagar pelos gastos deles. O plano é bom e, para ver se vai dar certo mesmo, eles colocam os cachorros juntos e os monitoram a distância, por vídeo. O que não esperavam é que tudo ia cair na internet, tornando-os uma sensação do mundo virtual.

 

“Lambidas, Rosnadas e Mordidas”

Autor Toni Brandão

Ilustrador Eduardo Medeiros

Editora Panda Books

Preço R$ 27, 90 (2016; 72 págs.)

Leitor intermediário

 

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CLÁSSICO RENOVADO

Desde 2013, o cartunista Mauricio de Sousa anda investindo em novas “roupas” para os seus personagens. Nas graphic novels, ele convida diferentes artistas para recriar a Turma da Mônica, tanto no traço quanto nas histórias. A primeira vez que o Bidu ganhou essa repaginada foi em 2014. Dois anos depois, os mesmos autores da primeira versão criam uma nova aventura para o cachorrinho e seu amigo Franjinha –coincidentemente, os dois primeiros personagens de Mauricio, que publicou uma tira na Folha com os dois em 1959 e abriu as portas nos anos seguintes para Mônica, Cebolinha, Cascão e outros amigos da Turma que estão por aí até hoje.

 

“Bidu: Juntos”

Autores Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho

Editora Panini Comics

Preço R$ 34 (2016; 84 págs.)

Leitor intermediário

 

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PARA PENSAR

Qual a diferença entre adultos e crianças? Nessa fábula do escritor Rubem Alves, é a diferença entre dois bichos: a tartaruga e a libélula. Uma é pesada, segura, com um casco que parece uma armadura. A outra é leve, esvoaçante, frágil e serelepe. “Quando as crianças deixa de ser libélulas para se tornarem tartarugas, os adultos dizem que ficaram maduras”, diz a cascuda na história. O livro faz parte de uma coleção da editora com outras fábulas do autor.

 

“A Libélula e a Tartaruga”

Autor Rubem Alves

Ilustradora Veridiana Scarpelli

Editora FTD

Preço R$ 37 (2016; 32 págs.)

Leitor intermediário + leitura compartilhada

 

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CHAMA O DENTISTA

Olha, não sei se os golfinhos também tem dor dente. Mas o que é personagem do livro tem. E muita. Claro que não é cárie, afinal esses animais não comem doces e outras guloseimas. Para descobrir o problema, só com a ajuda de um dentista. Além de trazer curiosidades sobre esses bichos tão inteligentes, a obra passa de maneira divertida algumas dicas para cuidar da nossa própria boca.

 

“Golfinho tem dor de dente?”

Autora Naia Tonhá Almeida

Editora NaiaBooks

Preço R$ 49,90 (2016; 32 págs.)

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Rogério Coelho, vencedor do Jabuti, ilustra livro com filho de 12 anos https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/12/15/rogerio-coelho-vencedor-do-jabuti-ilustra-livro-com-filho-de-12-anos/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/12/15/rogerio-coelho-vencedor-do-jabuti-ilustra-livro-com-filho-de-12-anos/#respond Thu, 15 Dec 2016 06:57:09 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/12/va-180x95.jpeg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=884 Diz um ditado meio brega que uma imagem vale mais do que mil palavras. É cafona, eu sei. Mas nesse caso pode ser verdade.

A tal da imagem é um desenho de um pai e de um filho sentados em um banco de praça, por exemplo. Ali, uma árvore de traços grossos e cor aquarelada divide espaço com flores angulares, com pinta de que foram finalizadas no computador. Passarinhos arredondados, saídos de algum caderno de criança, interagem com aves geométricas, saídas da técnica de alguém experiente.

Assim é o livro “O Dia de Ver meu Pai”, da editora Lê. Na história, algumas das ilustrações foram feitas por Pedro Coelho, 12, enquanto as demais saíram da ponta dos dedos de Rogério Coelho, 41, que venceu o prêmio Jabuti deste ano na categoria Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil. Os dois, pai e filho, viram no exercício silencioso do desenho suas relações familiares e profissionais se aproximarem pela ponta do lápis.

 

“O processo foi bem dinâmico. Eu pedia ilustrações para ele: árvores, pássaros, carros. E incorporava esses elementos aos meus desenhos. Outras vezes, criava toda uma cena a partir da ilustração do Pedro”, conta Rogério, que propôs para a editora dividir as imagens do livro com o filho. “Mas tive que negociar depois com ele, pagar direitinho. Não tem jeito, né?”, contou o ilustrador, bem humorado, em entrevista ao blog.

A história da obra ajuda essa interação. “O Dia de Ver meu Pai”, publicado pela primeira vez nos anos 1970, conta a vida de um menino cujos pais se separaram e não se veem mais –o que faz com que o garoto precise se dividir entre o dia a dia com a mãe e os finais de semana com o pai. Mas tudo sem pieguice ou caretice, mesmo tratando-se de um tema ainda pouco comentado há 40 anos no Brasil.

O resultado do trabalho de pai e filho para a história são cenas que misturam o traço duro do adulto com a imaginação e a leveza da criança, que potencializam o efeito da narrativa da autora Vivina de Assis Viana. “Esse livro foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, porque meu pai ia pedindo coisas e eu precisava dar um jeito de desenhar”, conta Pedro.

E o menino fala com propriedade. Em 2015, ele venceu o Salãozinho de Humor de Piracicaba. De 2014 a este ano, ilustrou a coluna Ideias…, da Folha, em que crianças eram convidadas a passar um mês como colunistas do jornal. “O Pedro é mais premiado e famoso do que eu”, brinca Rogério.

O ilustrador, que vive em Curitiba com a família, foi vencedor do prêmio Jabuti de 2016 com o livro “O Barco dos Sonhos”. Feito com uma narrativa visual de ilustrações marcantes e nenhuma palavra, o livro começa com um homem que coloca um desenho dentro de uma garrafa e a joga no mar. Misteriosamente, o papel é recebido pelo correio por um menino, que encontra o homem em uma cena que envolve um barco voador e o mistério da correspondência entre ambos.

“Levei sete anos para terminar a história. Teve vezes em que pensei em desistir, mudei a maneira de fazer a narrativa várias vezes. Demorei tanto para descobrir o que queria fazer que cheguei a perguntar para a editora se ela não queria deixar aquele projeto para lá”, diz. “Ele é um resumo do que aprendi nesse tempo todo.”

Além de vencer na categoria Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil, a obra foi finalista na categoria de melhor livro infantil do ano. Na categoria Ilustração, seu livro “Louco: Fuga” também foi finalista –a história adapta (e, de certa forma, recria) o simpático personagem maluco do cartunista Mauricio de Sousa.

Outro nome importante da literatura brasileira que colocou uma história nas mãos de Rogério foi o escritor Luis Fernando Verissimo. A Companhia das Letrinhas acaba de publicar “As Gêmeas de Moscou”, texto curtinho do gaúcho sobre duas irmãs bailarinas que acabam se separando por causa de uma tragédia no palco durante uma apresentação.

“Nunca imaginei que fosse ilustrar algo do Verissimo, porque ele também é cartunista. Sempre imaginei as histórias dele acompanhadas de cartuns, por causa do senso de humor. Minha praia é outra”, afirma Rogério. Mesmo assim, seus desenhos fazem o tom mais reflexivo da história saltar aos olhos e mostram um lado do escritor que muitas vezes pode passar batido –principalmente em um livro infantil.

Agora, ele se prepara para lançar “O Barco dos Sonhos” por uma editora dos Estados Unidos. Enquanto isso, Pedro aposta no mercado de ilustrações para canais do YouTube, para os quais cria banners e templates. “Chego a fazer três por dia”, diz o garoto, que já estuda como ganhar dinheiro com a nova empreitada. Trabalho em dupla, por enquanto, só se o pai criar um canal de vídeos e estiver precisando de uma forcinha na identidade visual.

 

“O Dia de Ver meu Pai”rogerio_coelho_714

Autora Vivina de Assis Viana

Ilustradores Rogério Coelho e Pedro Coelho

Editora

Preço R$ 35 (2016; 32 págs.)

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“O Barco dos Sonhos”capa_o barco dos sonhos-1

Autor Rogério Coelho

Editora Positivo

Preço R$ 39,80 (2015; 84 págs.)

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“As Gêmeas de Moscou”download

Autor Luis Fernando Verissimo

Ilustrador Rogério Coelho

Editora Companhia das Letrinhas

Preço R$ 34,90 (2016; 32 págs.)

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“Louco: Fuga”louco-fuga-capa

Autor Rogério Coelho

Editora Panini Comics

Preço R$ 31, 90 (2015; 84 págs.)

Leitor intermediário

 


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10 livros para ler com os filhos no Dia da Criança https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/10/12/10-livros-para-ler-com-os-filhos-no-dia-da-crianca/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/10/12/10-livros-para-ler-com-os-filhos-no-dia-da-crianca/#respond Wed, 12 Oct 2016 16:20:00 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/leitura-capa-para-caderno-180x94.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=612 É fácil saber quando é Dia da Criança. Enquanto lojas de brinquedos engolem pais e filhos, até consultório de dentista arranja um jeito de contratar um palhaço para alegrar cáries e canais. Espetáculos, contações de histórias, bexigas amarradas em árvores, oficinas de pintura de rosto e todo um fuzuê se multiplicam pela cidade.

Para dar um respiro na programação ou aproveitar alguns segundos de silêncio, confira abaixo dez dicas de livros para ler com os filhos –mas não se engane: na área infantil das livrarias, provavelmente você vai acabar esbarrando em um mágico de fim de semana ou em uma Peppa tamanho família.

 

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O LOBO NÃO VEM?

Vilão temido em onze de cada dez histórias infantis, o lobo já assustou muita vovozinha, chapeuzinho, porquinho e outros “inhos” mais. Até que um menino fica frente a frente com a criatura de olhos tão grandes, orelhas tão compridas e boca enorme! E tem uma ideia um pouco diferente. Com pouco texto e muita sensibilidade, o livro dá outros significados ao personagem e mostra a importância da amizade.

 

“Este É o Lobo”

Autor Alexandre Rampazo

Editora DCL

Preço R$ 27 (2016; 56 págs.)

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PATO COM CHULÉ

Neste ano, o Dia da Criança cai em uma quarta-feira. Mas quando o feriado calha em outro dia e é possível emendá-lo com o fim de semana, famílias inteiras costumam pegar o carro (ou o avião) para viajar. É uma viagem mais ou menos assim que Pablo faz com os pais, na história desse livro. Até que no hotel fazenda onde foram passar uns dias, ele pisa numa poça de lama e seu sapato começa a fazer: “Quack”! Será que, depois disso, ele consegue falar com os patos do lugar?

 

“O Sapato-Pato de Pablo”

Autor Marcelo Jucá

Ilustradora Andréia Vieira

Editora SM

Preço R$ 38 (2016; 40 págs.)

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JACARÉ ENXERIDO

A história do colunista da Folha Antonio Prata marca a estreia da nova editora Ubu na literatura infantil. Nela, uma menina menina vai à escola, toma banho, dorme e faz outras atividades normais da rotina de uma criança. Com uma diferença: em cada uma das tarefas, aparece um enxerido jacaré. “O humor na infância começa com a estranheza, com o que está fora do lugar”, diz Prata. Leia mais sobre o livro aqui.

 

“Jacaré, Não!”

Autor Antonio Prata

Editora Ubu

Preço R$ 39,90 (2016; 48 págs.)

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BIOGRAFIA EM QUADRINHOS

Tem gente que escreve livro de memórias, diário, autobiografia, é biografado por alguém. Mauricio de Sousa, o pai da Turma da Mônica, teve partes de sua vida transformadas em diferentes histórias em quadrinhos por um time de artistas. Tudo foi reunido no livro “Memórias do Mauricio”, que conta visualmente causos como a vez em que precisou queimar os seus gibis quando era criança ou quando sofreu uma pegadinha do Ziraldo em Paris.

 

“Memórias do Mauricio”

Autores Vários

Editora Panini Books

Preço R$ 140 (2016; 212 págs.)

Leitor intermediário

 

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DE BOCA CHEIA

Só no português falado no brasil tem biju, aipim, pipoca, tapioca, cutia e sucuri. Márcia Leite combina palavras e sons que remetem ao tupi para criar poemas de versos curtos sobre o dia a dia de aldeias indígenas. As bonitas ilustrações aquareladas de Tatiana Móes fazem do livro uma história para ser lida com a boca cheia e os olhos atentos. A obra foi selecionado pelo Itaú para ser distribuído gratuitamente na campanha Leia Para Uma Criança.

 

“Poeminhas da Terra”

Autora Márcia Leite

Ilustradora Tatiana Móes

Editora Pulo do Gato

Preço R$ 38, 50 (2016; 32 págs.); ou grátis aqui

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AMIGO PELUDO

Tem gente que cria amizade com cachorro, gato, cavalo, porco… Mas Zeca resolveu abrir prosa com um esquilo. E não é que ele respondeu? Juntos, menino e bicho entram na mata, encontram morcegos, gambás e até uma terrível onça. No fundo da brincadeira, os dois aprendem valiosas lições de amizade. E o leitor, além disso, uma boa curiosidade: sabia que, no Brasil, esquilo também é chamado de serelepe, caxinguelê, caxixé, quatipuru e acutipuru?

 

“Serelepe”

Autora Silvana Salerno

Ilustrador Bruno Nunes

Editora Carochinha

Preço R$ 32,90 (2016; 32 págs.)

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INÍCIO DE UM CLÁSSICO

Você já deve ter ouvido falar da Píppi Meialonga. A personagem da escritora Astrid Lindgren virou um clássico no mundo todo, o que fez a autora ser traduzida para mais 80 línguas. Nesse livro, Píppi aparece pela primeira vez na vila Vilekula, onde vai morar sozinha –na verdade, com um macaco e um cavalo enorme. E não é que, do jeito mais maluco possível, ela consegue se virar?

 

“Você Conhece a Píppi Meialonga?”

Autora Astrid Lindgren

Tradutora Heloisa Jahn

Ilustradora Ingrid Nyman

Editora Companhia das Letrinhas

Preço R$ 29,90 (2016; 32 págs.)

Leitor intermediário + leitura compartilhada

 

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SEREIA REAL

Inaê vai à escola, brinca na praia, faz as tarefas de casa –tudo em uma cadeira de rodas. Para explicar por que a filha não pode caminhar, a mãe da menina inventou uma história fantástica sobre a garota ter sido uma sereia, uma princesa dos oceanos. E, por suas pernas não terem se adaptado bem ao mundo fora d’agua, é por isso que elas não funcionam. A autora, que também é bonequeira, cria uma narrativa sensível para falar com crianças sobre respeito às diferenças.

 

“Serei Sereia?”

Autora Kely de Castro

Ilustradora Amanda de Azevedo

Editora Kapulana (2016; R$ 36,90)

Leitor intermediário + leitura compartilhada

 

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FEIRA DA FRUTA

Alan Laranjeira é um funcionário público desses bem cri-cris, sabe? Implica com tudo, acha defeito em qualquer detalhe. Laranjeira fiscaliza frutas, de todos os tipos: jaboticaba, morango, mamão, caqui, jaca, carambola. Até que encontra uma maçã-do-amor. O livro foi escrito pelo cantor e compositor Chico César, que mostra uma face mais infantil de sua obra na história.

 

“O Agente Laranja e a Maçã do Amor”

Autor Chico César

Ilustradora Fernanda Lerner

Editora Escritinha

Preço R$ 32

Leitor inicante + leitura compartilhada

 

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CRÔNICAS DA CECÍLIA

Cecília Meireles é conhecida pelas crianças principalmente por seus poemas infantis, como “Ou Isto ou Aquilo” e outros versos que parecem brincadeira. Nesse livro, a importante escritora brasileira ganha uma seleção de crônicas para crianças mais velhas e adolescentes –afinal, Dia da Criança não é só para leitores pequenos, certo?

 

“Janela Mágica”

Autora Cecília Meireles

Ilustrador Orlando Pedroso

Editora Global

Preço R$ 39 (2016; 104 págs.)

Leitor avançado

 


 

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Aos 80 anos, Mauricio de Sousa tenta ser o ‘rei da Bienal’ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/27/aos-80-anos-mauricio-de-sousa-quer-ser-o-rei-da-bienal/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/08/27/aos-80-anos-mauricio-de-sousa-quer-ser-o-rei-da-bienal/#respond Sat, 27 Aug 2016 23:06:12 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/08/BIENAL-180x120.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=400 Mauricio de Sousa está em todos os cantos da Bienal do Livro de São Paulo. Basta uma voltinha pelo evento, que acontece até o próximo dia 4 de setembro, para esbarrar em personagens da Turma da Mônica, livros do cartunista ou outros produtos que levam o traço arredondado e inconfundível do autor.

Neste ano, o pai do Cebolinha desembarcou na Bienal com artilharia pesada na tentativa de se aproximar ao máximo do público e se tornar onipresente –não apenas para crianças e suas famílias, mas também para jovens e adultos que guardam os gibis da Turma na memória afetiva. E foi nesse tom que o cartunista conversou com o público na manhã deste sábado (27), na Arena Cultural.

Aos 80 anos, Mauricio caminhou no palco visivelmente com dificuldade e falou ao microfone com voz mais baixa que o comum. Mesmo assim, controlou a plateia com habilidade. O espaço, que tem lugar para 550 pessoas, estava completamente lotado, com todos os assentos ocupados –o que fez visitantes buscarem espaço no chão para sentar ou se acotovelarem do lado de fora. Todos ávidos para ouvir o ilustrador, que falou durante apenas 15 minutos e logo abriu o microfone para a plateia fazer perguntas.

A partir daí, Mauricio deu o seu show. Dispensando atenção a todos e com a maior proximidade possível, respondeu por que o Cascão não toma banho (“Nunca vi, mas ele deve tomar uma vez por semana”, disse), por que a Mônica bate no Cebolinha (“Tapa de amor não dói”) e que suas primeiras personagens femininas foram inspiradas em suas filhas. Atualmente, todos os seus dez filhos têm a própria versão em desenho. Veja abaixo:

 

Num momento digno de apresentador de auditório, pediu aos que aprenderam a ler com os personagens da Turma da Mônica que levantassem a mão. Mais de 90% dos presentes, de diferentes idades, levou os braços ao ar, logo emendando uma sonora salva de palmas para aquele que tenta ser o “rei” desta edição da Bienal.

Como todo monarca precisa de um reino, uma área de 500 m² foi criada para abrigar a obra do ilustrador e ficará aberta até o fim do evento. O Espaço Mauricio de Sousa tem uma estátua da Mônica de três metros de altura para pessoas tirarem selfies, escorregador, parede de escalada e painéis para serem coloridos.

Um tóten interativo permite ainda que visitantes criem o seu próprio personagem, customizando roupa, cor da pele, cabelo e acessórios. Depois de pronta, a criação pode fazer parte de uma história com o restante da Turma da Mônica e ser impressa na forma de um gibi personalizado. A revistinha custa R$ 39,90. A impressão de um cartaz com o personagem criado é gratuita.

Além disso, para tentar aproximar ainda mais o seu estúdio dos leitores, desenhistas da Mauricio de Sousa Produções foram deslocados à Bienal, o que permite ao público ver as historinhas serem feitas ao vivo. A poucos metros de distância, uma exposição conta a trajetória dos 80 anos do artista.

LITERATURA E ESPIRITISMO

Como a Bienal ainda é do livro, uma espécie de livraria da Turma da Mônica, criada em parceria com a editora Girassol, comercializa suas obras e gibis, entre lançamentos e títulos mais antigos do catálogo.

Mas Mauricio extrapola os limites de seus domínios. Conhecido pelo licenciamento de seus personagens para os mais variados produtos, ele tem livros espalhados por diferentes editoras no evento –do estande da Panini ao da Boa Nova, que dá destaque ao lançamento “Magali em Outras Vidas”.

O livro aborda o tema da reencarnação e revela o que a personagem comilona fez em tempos passados. A obra causou algum burburinho, mas não é o primeiro livro com inspiração espírita da Turma da Mônica, que já emprestou seus personagens em 2014 ao “Meu Pequeno Evangelho”, também da editora Boa Nova, em que Cebolinha, Cascão, Anjinho e Penadinho aprendem sobre o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, escrito por Allan Kardec.

Como um bom negociante que sempre procura agradar todos os clientes, Mauricio de Sousa também tem obras nas prateleiras sobre passagens da Bíblia, que podem cair no gosto de católicos e evangélicos. Da igreja ao molho de tomate, da loja de brinquedos à Bienal, o pai da Mônica só deseja uma coisa: estar em todos os cantos.

 

BIENAL DO LIVRO

Quando até 4/9

Onde Pavilhão do Anhembi – av. Olavo Fontoura, 1.209; tel. (11) 2226-0400

Quanto R$ 20 (segunda a quinta) e R$ 25 (sexta a domingo)

Programação horários e mais detalhes em bienaldolivrosp.com.br

 


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Flipinha ignora os clássicos e os mais vendidos https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/06/30/flipinha-ignora-os-classicos-e-os-mais-vendidos/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/06/30/flipinha-ignora-os-classicos-e-os-mais-vendidos/#respond Thu, 30 Jun 2016 05:15:27 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/AX151_4803_9-180x120.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=16 A Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) começou oficialmente ontem (29), mas é hoje que a programação do evento tem início para valer. Enquanto acontecem debates, saraus, shows e oficinas, as ruas e as mesas dos bares do centro histórico logo recebem uma mistura de escritores, leitores e turistas –e também crianças.

Não por acaso, existe um pedaço da Flip só para elas: a Flipinha. A versão infantil, que acontece desde 2004, é uma ótima maneira de dar o pontapé inicial neste blog Era Outra Vez.

Até domingo, meninos e meninas terão contato no litoral do Rio com peças de teatro, rodas de tambores, livros, contações de histórias e, claro, autores e ilustradores convidados pela organização (veja a programação completa aqui). Assim como a Flip “adulta” convida uma série de escritores, a Flipinha também recebe uma seleção de nomes ligados à literatura infantojuvenil para conversar com crianças, pais e professores.

Com duas diferenças principais. A primeira é que a Flipinha é de graça, enquanto as mesas da Flip custam R$ 50 –um alívio para as mesadas dos filhos e o bolso dos pais. A segunda está na escolha dos convidados.

A programação oficial da Flip tem nomes como Caco Barcellos, Heloisa Buarque de Hollanda, Armando Freitas Filho, Tati Bernardi, J. P. Cuenca, Walter Carvalho e outros. Isso sem falar na jornalista Svetlana Aleksiévitch, de Belarus, que recebeu o Nobel de literatura em 2015. Você pode conhecer uns, ignorar outros, achar uma parte meio babaca e outra genial. Mas provavelmente acha alguma coisa sobre parte dos selecionados, o que, no fundo, é um dos motivos para pegar o carro ou o ônibus e desembarcar em Paraty.

Isso é ainda mais importante quando o público-alvo é a criança. Se ir à Flipinha não é como comer brócolis, ou seja, não é uma imposição dos pais do tipo “você vai fazer isso e ponto final”, seria importante ter um leque de autores do qual o público infantil já tenha ouvido falar e tenha curiosidade de conhecer. Ficar frente a frente com “o cara que fez aquele livro que eu li” em casa, na escola ou, no caso dos mais velhos, por vontade própria.

Acontece que as obras trabalhadas nas escolas, em 99% dos casos, são paradidáticos ou de autores já consagrados: Ruth Rocha, Pedro Bandeira, Ana Maria Machado, Ziraldo, Eva Furnari. Nos quadrinhos, o velho rei é Mauricio de Sousa há décadas. Já no caso dos livros lidos espontaneamente, é difícil fugir dos nomes mais pops, como Thalita Rebouças, Paula Pimenta ou Toni Brandão, por exemplo. Em qualquer bienal do livro, a fila para pegar o autógrafo deles é faraônica, pode levar horas para o desespero dos pais.

Só que nenhum desses nomes está na Flipinha neste ano.

Crianças participam da programação da Flipinha na quarta-feira (29), em Paraty (RJ)
Crianças participam da programação da Flipinha na quarta-feira (29), em Paraty (RJ) (Foto: Keiny Andrade/Folhapress)

“Já participaram Ana Maria Machado, Eva Furnari e outros escritores. Mas nos preocupamos em não chamar alguém só porque ele é considerado ‘grande’ ou porque está vendendo muitos livros”, diz Izabel Cermelli, diretora-geral da programação infantil e juvenil da Flip.

O caso do Ziraldo merece um parêntese: ele chegou a ser convidado em 2010, mas depois se recusou a participar e entrou em polêmica ao declarar que sua negativa tinha sido motivada por causa do nome do evento: Flipinha, cujo diminutivo supostamente colocaria a programação em um segundo plano em relação à da Flip. Não vou entrar nesse assunto agora, mas espero em breve discutir por aqui se a literatura infantojuvenil é realmente considerada de “segunda classe”.

De qualquer forma, há escritores e ilustradores interessantes na programação deste ano. Vale a pena escutá-los, questioná-los, conhecê-los –com destaque para a premiada Angela-Lago, que estará em Paraty e tem alguns de seus livros trabalhados em escolas. Assim como participar de outros eventos e conhecer o projeto completo da Flipinha, que é assunto durante todo o ano nas escolas públicas de Paraty. Os autores convidados visitam esses colégios durante sua passagem pela cidade.

Mas volto à questão da identificação. Neste ano, quem provavelmente vai chamar mais atenção e lotar a plateia é o ator Lázaro Ramos, que escreveu três livros infantis e estará na Flipinha. Mas a curiosidade do público passa muito mais por seus filmes e novelas, que não param de passar na TV, do que efetivamente pelas obras.

A culpa é da criança? Claro que não. São os autores que fazem parte do seu dia a dia que provavelmente não estão lá em Paraty.

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FLIPINHA

ONDE Paraty (RJ)

QUANDO até domingo (3)

PROGRAMAÇÃO acesse o site


 

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