Era Outra Vez https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br Literatura infantojuvenil e outras histórias Wed, 28 Aug 2019 18:58:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Ficou em SP no feriado? Ziraldo é tema de três exposições https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2018/11/02/ficou-em-sp-no-feriado-ziraldo-e-tema-de-tres-exposicoes/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2018/11/02/ficou-em-sp-no-feriado-ziraldo-e-tema-de-tres-exposicoes/#respond Fri, 02 Nov 2018 12:45:31 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/030_CASA_MELHORAMENTOS_034-320x213.jpg https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=2686 Se o clima não está para praia, se o trânsito impediu de pegar a estrada, se a possibilidade de uma cidade vazia pareceu a melhor proposta. Não importa. São Paulo tem uma série de passeios para pais e filhos fazerem juntos durante o feriado –incluindo duas exposições sobre a obra de Ziraldo, além de uma terceira que vai abrir as portas em breve.

As duas já inauguradas estão na nova Casa Melhoramentos e no Sesc Interlagos e abordam a carreira do cartunista, desenhista, jornalista e autor de livros para crianças. A terceira exposição ocorrerá no MIS (Museu da Imagem e do Som).

No dia 14 de novembro, a mostra “Quadrinhos” será inaugurada com uma retrospectiva do universo da HQ no museu. Uma das salas será exclusiva para o trabalho de Ziraldo.

O pai do Menino Maluquinho foi internado no fim de setembro, após ter sofrido um AVC. Um mês depois, quando estava prestes a completar 86 anos, recebeu alta e agora se recupera em casa.

Abaixo, saiba mais sobre as programações.

 

 

ZIRALDO ESPACIAL

Entre as mostras, uma das principais é “Planetas do Ziraldo”. A exposição fica em cartaz na nova Casa Melhoramentos, centro cultural inaugurado no mês passado pela editora que publica a obra do cartunista há quase 40 anos. Entre as curiosidades, está o bilhete do astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua. Nele, o americano afirma: “The moon is Flicts” (a Lua é Flicts, em português, em referência ao clássico livro do autor).

A programação é assinada pela cineasta Daniela Thomas, filha de Ziraldo. Embora o passeio gire em torno da série “Os Meninos dos Planetas”, com histórias para cada planeta do Sistema Solar, há menções a outros livros e exibição de rascunhos guardados no acervo pessoal do artista.

 

“Os Planetas do Ziraldo”

Onde Casa Melhoramentos (r. Tito, 479, Vila Romana; tel. 3874-0402)

Quando até 22/12; qua. a sáb., 9h às 21h (até 30/11); qui. a dom., 9h às 21h (1º a 22/12)

Quanto grátis

 

 

*

 

TUDO JUNTO

Daniela Thomas, filha do cartunista, também está à frente de outra exposição: “Ziraldo… De A a Zi”, que apresenta cerca de 500 obras no Sesc Interlagos. Entre elas, 200 criações originais do acervo do cartunista e outras peças de colecionadores.

Além dos livros infantis, a mostra explora as diferentes atividades de Ziraldo, como a vida de jornalista e o papel atuante no Pasquim. Um dos principais destaques são os desenhos feitos na prisão durante a Ditadura.

 

“Ziraldo… De A a Zi”

Onde Sesc Interlagos (av. Manuel Alves Soares, 1.100; tel. 5662-9500)

Quando até 4/8/2019; qua. a dom., 10h às 17h

Quanto grátis

 

 

*

 

MUNDO DA HQ

Uma retrospectiva do mundo dos quadrinhos vai ser inaugurada no MIS (Museu da Imagem e do Som) no próximo dia 14 de novembro. Com revistas, itens raros e originais, a exposição “Quadrinhos” vai passar por super-heróis, histórias de faroeste, mangás e diferentes perfis do gênero.

Nela, uma das salas será exclusiva para os livros e personagens de Ziraldo. Simulando o seu estúdio, apresentará a obra do autor e falará sobre o processo de criação de suas tirinhas, com objetos originais e painéis explicativos.

 

“Quadrinhos”

Onde MIS (av. Europa, 158, Jardim Europa; tel. 2117-4777)

Quando 14/11 a 31/3/2019;  ter. a sáb., 10h às 20h ( permanência até 22h); dom., 9h às 18h ( permanência até 20h)

Quanto R$ 15 a R$ 30

 


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Feira Miolo(s) ganha programação infantil com editoras e publicações independentes https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/11/11/feira-miolos-ganha-programacao-infantil-com-editoras-e-publicacoes-independentes/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/11/11/feira-miolos-ganha-programacao-infantil-com-editoras-e-publicacoes-independentes/#respond Sat, 11 Nov 2017 11:25:46 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2017/11/Miolo-180x103.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=1899 A Biblioteca Mario de Andrade, na região central de São Paulo, recebe neste sábado mais uma edição da feira Miolo(s) –um dos maiores encontros de editoras independentes do país. Entre publicações artesanais, zines e livros que fogem do radar das livrarias, a edição deste ano traz uma novidade: pela primeira vez, o evento terá uma programação específica para o público infantil, batizada de Miolinho(s).

São dez editoras para esse público. Da Jujuba e a Pulo do Gato, que tiveram livros entre os vencedores do prêmio Jabuti deste ano, a nomes mais fora do circuito como ÔZé e ilhOz (confira a relação completa abaixo).

Organizada pela Lote 42 e em sua quarta edição, a Miolo(s) conta neste ano com cerca de 160 editores e espera receber 10 mil pessoas –em 2016, mais de 8.000 visitantes passaram pela Mario de Andrade durante o evento. Desta vez, áreas do primeiro e do segundo andares receberão expositores, além do térreo.

Fora os livros expostos, estão previstos palestra com a arte-educadora Camila Feltre (15h), oficina para criação de pombos de papel (15h) e contação de história com com teatro de papel japonês (11h30).

Segundo os organizadores, há a possibilidade de que a Miolinho(s) se torne uma feira independente em 2018. A programação completa pode ser vista no site.

 

Editoras e expositores infantis que participarão

Jujuba

Barbatana

Pulo do Gato

ÔZé

Coticoá

YOYO

BabaYaga

Marina Fraguas

ilhOz

Gabriela Gil

 

*

 

Miolo(s) e Miolinho(s)

Quando sábado (11), das 11h às 23h

Onde biblioteca Mario de Andrade – r. da Consolação, 94; tel. (11) 3775-0002

Quanto grátis

Mais lote42.com.br/feira-miolos-2017/


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Exposição exibe livros infantis brasileiros anteriores a Monteiro Lobato https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/10/11/exposicao-exibe-livros-infantis-brasileiros-anteriores-a-monteiro-lobato/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/10/11/exposicao-exibe-livros-infantis-brasileiros-anteriores-a-monteiro-lobato/#respond Wed, 11 Oct 2017 19:45:17 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/20171002_142415-1-180x78.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=1827 O que os bisavós e tataravós que moravam no Brasil liam quando eram crianças? Com quais livros o menino Monteiro Lobato se divertia, muito antes de inventar o Sítio do Picapau Amarelo, a Emília, a Narizinho e toda a turma?

Um pouco dessa produção está na exposição “Livros Infantis Velhos e Esquecidos”, que exibe mais de cem obras publicadas no país entre a segunda metade do século 19 e os anos 1930. A mostra está em cartaz na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Entre os títulos exibidos, estão “Juca e Chico”, “João Felpudo”, “Robinson Crusoé” e “Viagens de Gulliver”. Alguns publicados por editoras como Garnier e Laemmert, do século 19, além de casas como Melhoramentos, Francisco Alves e também a primeira editora de Monteiro Lobato, que lançou as primeiras histórias do “pai da literatura infantil brasileira”, nos anos 1920.

 

 

A exposição é mais do que oportunidade de chegar perto de livros centenários, mas também chance de perceber como as obras infantis mudaram de lá para cá –na diversidade das ilustrações, na qualidade da impressão e também na mudança da linguagem.

Serve também para ver de perto os representantes brasileiros de uma explosão da literatura infantil no mundo todo. Até o século 19, histórias hoje tidas como infantis, como contos de fadas e fábulas, não eram propriamente pensadas para crianças. Isso porque o conceito de infância ainda não existia como conhecemos hoje. O quadro só muda a partir do fim do século 19, quando os pais desenvolvem um sentimento de proteção maior em relação aos filhos. Direitos específicos, surgem no século 20. A Declaração dos Direitos da Criança da ONU data de 1959.

É na virada do século 19 para o 20 que as histórias passam a ser sistematicamente adaptadas para o público infantil. E que começam a aparecer livros mais específicos para esse público, muitos com tons didáticos e educacionais, voltados para as escolas. As crianças entram então de vez no mercado de livros.

“A exposição traz as origens dos livros infantis publicados no Brasil. Hoje há um redescobrimento das publicações pré-Lobato”, diz Gabriela Pellegrino, professora da USP e uma das curadoras da mostra, que foi concebida a partir de pesquisas de Pellegrino e da outra curadora, Patrícia Tavares Raffaini, sobre o tema.

Algumas das edições foram adquiridas com recursos da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e doadas para a Universidade de São Paulo. Outras estavam guardadas em unidades e bibliotecas da USP ou então foram cedidas por diferentes instituições.

“Muitos livros dessa época ainda eram histórias estrangeiras, traduzidas e adaptadas para o português. A produção brasileira ainda era pequena. E só começa a crescer mais tarde, com o Lobato. Mas é importante notar que existia, sim, um mercado editorial infantil muito antes disso”, conta Pellegrino.

Além de literatura, a exposição traz exemplares da revista “O Tico-Tico”, almanaques, álbuns e histórias ilustradas. A mostra fica em cartaz até 30 de outubro.

 

“Livros Infantis Velhos e Esquecidos”

Onde Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin – r. da Biblioteca, s/nº, Cidade Universitária, São Paulo; tel. (11) 2648-0310

Quando Seg. a sex.: 8h30 às 18h30. Até 30/10

Quanto Grátis

 


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Flipinha encolhe e quer atrair também o público adulto https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/07/26/flipinha-encolhe-e-quer-atrair-tambem-o-publico-adulto/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/07/26/flipinha-encolhe-e-quer-atrair-tambem-o-publico-adulto/#respond Wed, 26 Jul 2017 12:51:06 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/GG-1-1-180x104.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=1622 A Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) mal começou, e os pedregulhos da cidade já veem pipocar aqui e ali a programação da Flipinha. A partir desta quarta (26), o braço infantil do evento levará ao litoral do Rio apresentações de literatura, cinema e até de meditação. Com uma diferença: neste ano, as atrações buscam atrair também o público adulto.

Há duas explicações para isso. A primeira é a queda no orçamento desta edição, cuja verba de montagem passou de R$ 5 milhões em 2016 para R$ 3,7 milhões em 2017. Isso afetou diretamente a programação infantil, que está sensivelmente mais enxuta se comparada ao ano passado. A programação oficial conta com uma média de três eventos literários por dia para esse público –o resto é cinema, meditação e até atividades ligadas ao universo náutico.

Com as contas mais justas, a parte infantil passou a ter mais pontos de intersecção com a programação principal, e alguns dos autores convidados para as mesas também participarão da Flipinha. 

Vem daí uma das propostas mais interessantes: o Cortejo Literário, atração em que escritores “de adulto” caminharão por Paraty na companhia do público. Por um lado, eles poderão se apresentar e interagir com as crianças. Mas é claro que muitos adultos aparecerão para chegar perto dos escritores –o que pode colocar em xeque o caráter lúdico do encontro, se feito de forma não planejada.

Entre os autores participantes estão o ganhador do Jabuti em 2016 Julián Fuks, além de Noemi Jaffe e Jacques Fux, por exemplo.

Vale dizer que a Flipinha historicamente promove a interação entre crianças e escritores que não costumam produzir para esse público. Na edição do ano passado, nomes como Gregorio Duvivier, Xico Sá e Guto Lacaz participaram da programação.

Mas eram encontros pontuais. Neste ano, o cortejo acontece duas vezes por dia, a partir de quinta (27), com autores diferentes.

O escritor Julián Fuks, vencedor do Jabuti em 2016 pelo livro “A Resistência” (Foto: Bruno Poletti/Folhapress)

 

MESAS E MEDITAÇÃO

A segunda explicação para a Flipinha abertamente procurar mais os adultos é a percepção da própria curadoria de que aumentou o número de “gente grande” nas últimas edições.

“Tradicionalmente, onde hoje funciona a Central Flipinha, aconteciam as rodas de conversa com os autores convidados da programação. Esse bate-papo era, inicialmente, voltado para o público infantil. Nos últimos anos, vimos aumentar a participação de adultos –educadores, pais, escritores de literatura infantil e juvenil. Com isso, mudamos o formato das rodas de conversa”, diz Izabel Costa Cermelli, diretora-geral do programa educativo da Flip.

Uma das mudanças foi a criação do cortejo. A outra aconteceu nas mesas, que apresentam uma interlocução maior entre a curadora do programa principal, Joselia Aguiar, e a curadora pedagógica, Beatriz Goulart.

Entre os destaques estão a mesa de quinta (27), em que Lázaro Ramos e a jornalista portuguesa Joana Gorjão Henriques, autora do livro “Racismo em Português”, falarão sobre o tema “A Pele que Habito”. E a de domingo (30), quando as vencedoras do Jabuti Ana Miranda e Maria Valéria Rezende participarão de encontro cujo mote é “Todas as Idades”. As mesas acontecem diariamente.

Além de literatura, há também exibições de filmes, uma aula de meditação (sábado, às 13h30) e até atividades ligadas ao mundo da navegação, em parceria com o Instituto Náutico de Paraty.

Entre os filmes em destaque estão o longa “Jonas e o Circo sem Lona” e o curta “Meninos e Reis”, que trata da tradição do reisado do Nordeste e tem direção da jornalista Gabriela Romeu –autora do livro “Terra de Cabinha”, cujo universo tem muito em comum com o filme e já foi comentado aqui no blog.

 

*

 

Flipinha

Quando de 26 a 30 de julho

Onde Paraty (RJ)

Quanto grátis

Mais informações e programação completa flip.org.br

 


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Feira de Bolonha, principal evento de literatura infantil do mundo, aposta em tecnologia https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/feira-de-bolonha-principal-evento-de-literatura-infantojuvenil-do-mundo-aposta-em-tecnologia/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/feira-de-bolonha-principal-evento-de-literatura-infantojuvenil-do-mundo-aposta-em-tecnologia/#respond Fri, 31 Mar 2017 13:08:48 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2017/03/bologna-180x121.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=1329 A Feira do Livro Infantil de Bolonha, principal evento de literatura para crianças do mundo, abre as portas de sua 54ª edição na segunda-feira (3). E aproxima-se cada vez mais do universo tecnológico e das discussões sobre o digital no mundo do livro.

Embora o tema tenha sido mais proeminente em 2016, a feira anual traz neste ano à cidade italiana dois parceiros de peso do mundo tecnológico: a fabricante de computadores Lenovo, que apresentará seu novo tablet, e o Google, que fará uma série de apresentações sobre o uso de recursos como a realidade aumentada na hora de contar histórias –sobretudo as infantis.

“Alguns dos produtos digitais mais inovadores aparecem no mercado infantil –e eles muitas vezes podem ser utilizados no mercado de livros. Como a educação está realmente mudando com essas tecnologias, que são parte do futuro das crianças, nós devemos explorá-las. Sobretudo o seu aspecto criativo”, diz Elena Pasoli, diretora da feira.

O evento conta neste ano com 1.300 exibidores de 75 países –10% das editoras participantes são italianas, mas há casas também da Islândia, da Costa do Marfim, do Nepal e, claro, do Brasil. Segundo a CBL (Câmara Brasileira do Livro), o país levará 15 editoras a Bolonha e espera gerar US$ 320 mil em exportações e negócios até o dia 6 de abril, último dia da programação. A expectativa é cerca de 7% maior que em 2016, quando a CBL projetava uma movimentação de US$ 300 mil. No total, 26 mil pessoas devem passar pelo local.

Além da participação, o Brasil poderá conquistar novamente o prêmio que foi recebido pela Cosac Naify em 2013. Neste ano, a Companhia das Letras está indicada ao Bologna Prize Best Children´s Publishers of the Year (título de melhor editora de livros infantis) ao lado de outras quatro editoras, do México e da Colômbia.

 

ILUSTRADORES

Fora a tecnologia, esta edição de Bolonha também se debruça ainda mais sobre o trabalho dos ilustradores. Um espaço, por exemplo, foi criado para que esses profissionais possam se encontrar e trocar experiências, questões ou angústias com colegas de diversas partes do mundo.

Isso se reflete também na escolha dos homenageados deste ano: as regiões espanholas da Catalunha e das ilhas Baleares, que têm tradição nos livros ilustrados. “O que eu posso dizer é que os visitantes ficarão encantados com a exposição dos ilustradores catalães”, diz Pasoli. A imagem que abre este texto faz parte disso e é destaque do cartaz e da identidade visual da edição deste ano.

Além da programação específica, que vai da literatura dessas regiões a traduções da língua catalã, acontecerão por toda a cidade de Bolonha exibições em centros culturais, na cinemateca e em teatros da região.

Fora isso, na segunda (3), serão conhecidos também na feira os indicados ao prêmio Hans Christian Andersen de 2018, considerado o “Nobel” da literatura infantojuvenil. A ilustradora Ciça Fittipaldi e a escritora Marina Colasanti são as profissionais escolhidas pelo Brasil para concorrer e podem figurar nessa lista –para quem estiver por Bolonha, minha dica é esperar o anúncio com bons livros e um gelato italiano nas mãos.

 

Feira do Livro Infantil de Bolonha

Quando de 3 a 6 de abril

Quanto a partir de € 35 (R$ 118) por dia  

Mais bookfair.bolognafiere.it

 


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Sozinho, escritor cria circuito literário em bibliotecas e escolas públicas de São Paulo https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/10/24/sozinho-escritor-cria-circuito-literario-em-bibliotecas-e-escolas-publicas-de-sao-paulo/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/10/24/sozinho-escritor-cria-circuito-literario-em-bibliotecas-e-escolas-publicas-de-sao-paulo/#respond Mon, 24 Oct 2016 17:51:43 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/alonsoalvarez-180x74.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=675 Tem gente que coleciona selos, moedas, brinquedos antigos. O escritor Alonso Alvarez coleciona histórias –de preferência, para crianças e adolescentes.

As aventuras ficam todas guardadas em um caixa, só esperando a vez de virem à tona e virarem livro. “Uma delas, sobre duas linhas, foi finalista do prêmio Jabuti em 2013, depois de ficar na caixa por mais de 20 anos”, diz.

Só que nenhuma história é completa sem um leitor do outro lado. Por isso, desde 2010, Alvarez participava do projeto Viagem Literária, lançado pela Secretaria da Cultura de São Paulo. Na programação, visitava bibliotecas do litoral e do interior do Estado para conversar com crianças e adolescentes, que liam as suas obras em sala de aula. Neste ano, porém, o encontro com os autores foi cancelado.

“Fiquei tão mal acostumado que, quando me disseram que neste ano não teria a Viagem, resolvi bolar uma coisa parecida perto de casa”, conta o escritor, que decidiu criar um circuito literário por conta própria em São Paulo. Para isso, selecionou três bibliotecas públicas na região da Vila Mariana e da Aclimação, onde mora, para conversar sobre literatura e sobre suas obras com alunos de escolas públicas próximas.

O autor visitou dez colégios no bairro e doou alguns de seus livros para professores lerem em sala de aula. Em troca, conseguiu que alunos entre 10 e 12 anos fossem dispensados das aulas para participarem da programação.

Os encontros acontecerão a partir desta terça-feira (25) nas bibliotecas Raul Bopp (25), Chácara do Castelo (27) e Viriato Corrêa (28). Gratuitos, os eventos ganharam apoio do Sistema Municipal de Bibliotecas e de uma gráfica do bairro para imprimir 1.500 folhetos de divulgação.

“A ideia vem dando certo porque é simples. Vou a pé aos lugares. O público também pode ir caminhando, no máximo de bicicleta. Porque tudo é próximo. Passo sempre em frente a uma das bibliotecas quando vou passear com o meu cachorro, por exemplo. Vou acabar conhecendo gente com quem sempre cruzo na padaria.”

CAIXA DE HISTÓRIAS

Grande parte das histórias nasceram ainda nos anos 1980, quando Alvarez tocava a livraria e editora Artepaubrasil, no bairro do Bexiga, que abria todas as noites e só fechava quando o último cliente ia embora. Passaram por lá nomes como Augusto de Campos, Paulo Leminski, Manoel de Barros e outros escritores que iam ao lugar para ler, conversar e ouvir música ao vivo e ver o ator Antônio Abujamra lendo poemas de Fernando Pessoa.

Enquanto as pessoas não iam embora, Alvarez criava histórias para crianças e adolescentes no balcão da livraria, muitas delas escritas atrás de filipetas e papeis soltos. Depois, tudo era guardado em uma caixa –a tal coleção de histórias. “Ainda faltam quatro infantis e algumas juvenis daquela época para serem publicadas”, diz Alvarez, que criou a própria editora anos depois, a Ficções.

A próxima história deve ser publicada em 2017 e aborda a discussão sobre o fim do livro, o livro digital e o de papel.

Tema importante para um escritor que escolheu justamente três bibliotecas para criar o seu passeio literário. “Alguns amigos escritores gostaram da ideia do passeio. E a intenção é justamente incentivar mais gente a fazer o mesmo.”

 

Passeio Literário ao Redor do Bairro

Quando dias 25 (biblioteca Raul Bopp), 27 (Chácara do Castelo) e 28 (Viriato Corrêa), às 14h

Onde Raul Bopp – r. Muniz de Sousa, 1155; Chácara do Castelo – r. Brás Lourenço, 333; Viriato Corrêa – R. Sena Madureira, 298

Quanto grátis

Mais alonsoalvarez.com.br/passeio

 


 

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Brasileira cria festival de literatura infantil na Europa https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/07/12/brasileira-cria-festival-de-literatura-infantil-na-europa/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/07/12/brasileira-cria-festival-de-literatura-infantil-na-europa/#respond Tue, 12 Jul 2016 16:04:24 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/07/11950_10154105873565366_5510937760006089057_n-180x85.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=104 “A criança brasileira que vive fora do Brasil muitas vezes acha que falar português é ‘uncool’, é passar vergonha”, diz a escritora Nara Vidal, 41. A experiência é própria. A mineira vive na Europa desde 2001, onde teve seus dois filhos, hoje com cinco e sete anos. “Sempre tento mostrar livros infantis feitos no Brasil para eles, mas é difícil. Em Londres, onde moro hoje, você não encontra obras para crianças escritas em português.”

Foi a partir daí que surgiu a ideia de criar o Canalzinho, um festival de literatura infantil em língua portuguesa que Nara vai organizar em Londres e em Paris. O evento vai acontecer em setembro deste ano e promoverá oficinas, seminários, lançamentos e vendas de livros na esperança de reunir famílias de imigrantes lusófonos e seus filhos.

“O contato de crianças com escritores e com outros meninos que também falam português é importante, faz a língua ser usada”, diz.

Até o momento, 15 autores e ilustradores confirmaram presença –a maior parte deles brasileiros, como Susana Ventura e Leo Cunha. Há uma escritora portuguesa na programação, Gabriela Ruivo Trindade, e nenhum autor africano. “É difícil entrar em contato com a comunidade imigrante de Angola ou de outros países africanos de língua portuguesa”, fala Nara. A relação completa dos convidados pode ser vista na página do Facebook do Canalzinho

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Nara Vidal, organizadora do Canalzinho (Reprodução/Facebook)

A ilustração que abre este post é do inglês Karl Speller, que ministrará uma oficina de desenho para crianças no Canalzinho.

Como o festival não tem verba ou patrocínio, embora tenha alguns apoios institucionais, os profissionais convidados terão que pagar por suas passagens e hospedagens ou optar por ficar na casa de brasileiros que moram em Paris ou Londres. Nara, por exemplo, vai hospedar três pessoas. “É tudo feito na raça.”

Justamente por isso, a continuidade da programação não está garantida. “Quero continuar no ano que vem, mas não está confirmado. Brasileiros de outros países, como Alemanha, Suécia e Itália, já se mostraram interessadas em fazer uma edição do Canalzinho por lá”, diz.

 

PARA CONFERIR

Canalzinho

Quando 17/9 (Paris) e 24/9 (Londres), das 9h30 às 17h

Onde Espace Krajcberg (Paris) e University College London (Londres)

Quanto grátis

 


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Flipinha ignora os clássicos e os mais vendidos https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/06/30/flipinha-ignora-os-classicos-e-os-mais-vendidos/ https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/2016/06/30/flipinha-ignora-os-classicos-e-os-mais-vendidos/#respond Thu, 30 Jun 2016 05:15:27 +0000 https://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/AX151_4803_9-180x120.jpg http://eraoutravez.blogfolha.uol.com.br/?p=16 A Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) começou oficialmente ontem (29), mas é hoje que a programação do evento tem início para valer. Enquanto acontecem debates, saraus, shows e oficinas, as ruas e as mesas dos bares do centro histórico logo recebem uma mistura de escritores, leitores e turistas –e também crianças.

Não por acaso, existe um pedaço da Flip só para elas: a Flipinha. A versão infantil, que acontece desde 2004, é uma ótima maneira de dar o pontapé inicial neste blog Era Outra Vez.

Até domingo, meninos e meninas terão contato no litoral do Rio com peças de teatro, rodas de tambores, livros, contações de histórias e, claro, autores e ilustradores convidados pela organização (veja a programação completa aqui). Assim como a Flip “adulta” convida uma série de escritores, a Flipinha também recebe uma seleção de nomes ligados à literatura infantojuvenil para conversar com crianças, pais e professores.

Com duas diferenças principais. A primeira é que a Flipinha é de graça, enquanto as mesas da Flip custam R$ 50 –um alívio para as mesadas dos filhos e o bolso dos pais. A segunda está na escolha dos convidados.

A programação oficial da Flip tem nomes como Caco Barcellos, Heloisa Buarque de Hollanda, Armando Freitas Filho, Tati Bernardi, J. P. Cuenca, Walter Carvalho e outros. Isso sem falar na jornalista Svetlana Aleksiévitch, de Belarus, que recebeu o Nobel de literatura em 2015. Você pode conhecer uns, ignorar outros, achar uma parte meio babaca e outra genial. Mas provavelmente acha alguma coisa sobre parte dos selecionados, o que, no fundo, é um dos motivos para pegar o carro ou o ônibus e desembarcar em Paraty.

Isso é ainda mais importante quando o público-alvo é a criança. Se ir à Flipinha não é como comer brócolis, ou seja, não é uma imposição dos pais do tipo “você vai fazer isso e ponto final”, seria importante ter um leque de autores do qual o público infantil já tenha ouvido falar e tenha curiosidade de conhecer. Ficar frente a frente com “o cara que fez aquele livro que eu li” em casa, na escola ou, no caso dos mais velhos, por vontade própria.

Acontece que as obras trabalhadas nas escolas, em 99% dos casos, são paradidáticos ou de autores já consagrados: Ruth Rocha, Pedro Bandeira, Ana Maria Machado, Ziraldo, Eva Furnari. Nos quadrinhos, o velho rei é Mauricio de Sousa há décadas. Já no caso dos livros lidos espontaneamente, é difícil fugir dos nomes mais pops, como Thalita Rebouças, Paula Pimenta ou Toni Brandão, por exemplo. Em qualquer bienal do livro, a fila para pegar o autógrafo deles é faraônica, pode levar horas para o desespero dos pais.

Só que nenhum desses nomes está na Flipinha neste ano.

Crianças participam da programação da Flipinha na quarta-feira (29), em Paraty (RJ)
Crianças participam da programação da Flipinha na quarta-feira (29), em Paraty (RJ) (Foto: Keiny Andrade/Folhapress)

“Já participaram Ana Maria Machado, Eva Furnari e outros escritores. Mas nos preocupamos em não chamar alguém só porque ele é considerado ‘grande’ ou porque está vendendo muitos livros”, diz Izabel Cermelli, diretora-geral da programação infantil e juvenil da Flip.

O caso do Ziraldo merece um parêntese: ele chegou a ser convidado em 2010, mas depois se recusou a participar e entrou em polêmica ao declarar que sua negativa tinha sido motivada por causa do nome do evento: Flipinha, cujo diminutivo supostamente colocaria a programação em um segundo plano em relação à da Flip. Não vou entrar nesse assunto agora, mas espero em breve discutir por aqui se a literatura infantojuvenil é realmente considerada de “segunda classe”.

De qualquer forma, há escritores e ilustradores interessantes na programação deste ano. Vale a pena escutá-los, questioná-los, conhecê-los –com destaque para a premiada Angela-Lago, que estará em Paraty e tem alguns de seus livros trabalhados em escolas. Assim como participar de outros eventos e conhecer o projeto completo da Flipinha, que é assunto durante todo o ano nas escolas públicas de Paraty. Os autores convidados visitam esses colégios durante sua passagem pela cidade.

Mas volto à questão da identificação. Neste ano, quem provavelmente vai chamar mais atenção e lotar a plateia é o ator Lázaro Ramos, que escreveu três livros infantis e estará na Flipinha. Mas a curiosidade do público passa muito mais por seus filmes e novelas, que não param de passar na TV, do que efetivamente pelas obras.

A culpa é da criança? Claro que não. São os autores que fazem parte do seu dia a dia que provavelmente não estão lá em Paraty.

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FLIPINHA

ONDE Paraty (RJ)

QUANDO até domingo (3)

PROGRAMAÇÃO acesse o site


 

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